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Marc Berkowitz

 

A gravura no Brasil está retomando sua posição de importância internacional. Um dos elementos positivos dessa retomada será, certamente, a gravadora Lêda Watson, que se apresenta em primeira exposição individual no Rio de Janeiro. Após anos de vivência e trabalho na Europa, ela volta ao Brasil dominando plenamente o seu métier, utilizando-se dele para dar bases sólidas à sua grande capacidade criativa, à sua imaginação tão fértil. Ela cria um mundo de fantasia, no qual nos permite penetrar, mundo onde o fantástico tem a sua lógica, onde a razão continua existindo dentro da maior exuberância de formas. Lêda Watson realmente desvendou os mistérios da técnica da gravura em metal e suas ferramentas, entre as quais, o buril. Não há duvida, ela é um dos elementos que ajudaram a dar vida nova à gravura brasileira, um dos elementos com os quais podemos contar.

 

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(texto crítico de introdução à exposição individual realizada em 1974, no Rio de Janeiro, na Galeria Intercontinental, gerenciada por Kalma Murtinho, assessorada por Denise Mattar)

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