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Hugo Auler

 

(...) Não é exagero afirmar que a presente exposição nos oferece a oportunidade de conhecer o trabalho magnífico de uma gravadora que soube assimilar a técnica de seu mestre germânico Johnny Friedlaender, ao apresentar uma obra respaldada no domínio dos grandes recursos técnicos e dos jogos de fórmula, haja vista a forma pela qual desenvolve e organiza os volumes, as massas e as texturas, principalmente, quando os grânulos funcionam como relevos e as gamas tonais são discretamente exaltadas para causar os efeitos necessários ao equilíbrio e à expressão das estruturas formais de suas icásticas criações.

 

Mas se é verdade que Lêda Watson sabe desenvolver e carregar as lições de seu mestre, pondo-as a serviço de sua rara criatividade, não é menos verdade que essa artista, colocando suas mestrias à disposição de um rico vocabulário de formas fantásticas, revela a sua libertação ao demonstrar a posse de um estilo que se impõe em cada uma de suas composições.

 

Através da presente exposição, a impor-se por seu nível técnico e estético, Lêda Watson justifica a posição de relevo que vem ocupando no panorama atual da gravura contemporânea.

 

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(texto crítico publicado no jornal Correio Braziliense, em razão da exposição individual

realizada em 1974, em Brasília, na Galeria Múltipla, de Maria Ignês Barbosa)

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