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Biografia

Graduada em Artes Plásticas no Rio de Janeiro (Escola Nacional de Belas Artes), em Paris (École Nationale de Beaux-Arts, Sorbonne) e em Brasília (Universidade de Brasília – UnB), Lêda Watson especializou-se em gravura em metal na carioca Escolinha de Arte do Brasil – Orlando Dasilva e no Ateliê Friedlaender, francês. Diplomou-se, em 1969, no Curso Superior de Língua e Literatura Francesa da Universidade de Nancy. 

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Residindo na França por quatro anos, obteve grande receptividade dos editores de arte franceses, tendo vendido inúmeras edições fechadas de gravura, representadas hoje na coleção da Bibliothèque Nationale de Paris. Recebeu convite da Societé des Femmes Bibliophiles para ilustrar um livro de contos de Jules Laforgue, cuja edição anterior havia sido ilustrada por Dalí. Regressando ao Brasil, instalou seu ateliê em Brasília e continuou a manter contato com seus editores franceses. Como arte-educadora, ministrou cursos de gravura em metal e palestras na Universidade Católica de Lima (Peru), na Universidade de Brasília (Brasil), na Escola Nacional de Artes (Nicarágua), na Universidade Nacional-Heredia (Costa Rica), na Universidade Central da Venezuela (Caracas) e no Museu de Arte Contemporânea (Panamá).

 

Incentivada a dar continuidade ao ensino da gravura após um curso de extensão ministrado na UnB, criou sua Escola de Gravura, no próprio ateliê, onde se empenhou na formação de novos gravadores durante mais de 12 anos, entre 1975 e 1987. Fundou, então, o 1º Núcleo de Gravadores de Brasília. Criou o 1º Museu de Arte de Brasília em 1985 e, em 1989, o Clube da Gravura, reunindo, em sua maioria, gravadores profissionais do Distrito Federal. Foi, por mais de 6 anos, coordenadora de museus da Secretaria de Cultura do Governo do Distrito Federal, tendo sido designada também para coordenar o II Prêmio Brasília de Artes Plásticas/XII Salão Nacional de Artes Plásticas do Ministério da Cultura, em 1991. Nesse mesmo ano, fez a curadoria da participação brasileira na X Bienal Internacional de Gravura de Valparaíso, Chile. Em 1995, aposentou-se como professora, dedicando-se inteiramente à própria arte. Como artista plástica gravadora, desde 1970, Lêda participou de exposições coletivas e individuais na América Latina, nos Estados Unidos, no Canadá, na Europa e no Oriente. Desde 2002, retomou os estudos da gravura em seu próprio ateliê, expondo, periodicamente, com seus alunos.

Linha do tempo
Linha do tempo

Anos 1950

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Lêda Campofiorito forma-se no Instituto de Educação do Rio de Janeiro, onde estudou desde os 12 anos e se tornou a estrela do voleibol.

Instituto de Educação do Rio de Janeiro

Casa-se com o diplomata Sérgio Veiga Watson e muda-se para Berna, na Suíça, onde nascem seus filhos Eduardo e Andréa.

Estabelece-se, após quatro anos na Suíça, em Bogotá, Colômbia, local de nascimento de Elena, sua terceira filha.

Em 1966, Lêda e família retornam ao Rio de Janeiro. Por intermédio de Marina Colasanti, Lêda ingressa na Escolinha de Arte do Brasil, na qual tem Orlando Dasilva como seu primeiro mestre de gravura em metal.

Anos 1960

Estuda Professorado de Desenho na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, período em que conheceu Marina Colasanti, que veio a se tornar uma querida amiga.

Anos 1970

1971/1972, Paris – A família muda-se novamente, para uma missão na França, momento em que a gravura já estava enraizada na alma de Lêda. Paris representou, para ela, oportunidade inigualável de crescimento. "Friedlaender foi o maior gravador que já houve. Frequentar seu ateliê na Rue Saint Jacques era absolutamente animador, pois era um ateliê fechado, frequentado por poucos gravadores".

 

No ateliê de Friedlaender, a disciplina e o cuidado eram severos. Circulava-se pouco, falava-se menos ainda. De nossa mesa de trabalho, íamos apenas até a sala dos ácidos ou, então, adentrávamos a sala do mestre, em que trabalhava com Brigitte Coudrain, sua assistente, para utilizarmos a prensa francesa muito antiga e o forno, onde entintávamos a placa. Apenas nessas horas nos aproximávamos do mestre (…). Aprendíamos apenas pela observação do trabalho do mestre e dos companheiros, e como se aprendia!”

1973, Paris – Lêda e sua filha, diante da Galerie Bernier, especializada na arte em papel, durante mostra individual. “Expus 25 gravuras, e o resultado de público e de vendas foi bastante satisfatório. Foi um momento feliz, de realização profissional.”

1974, Brasília – 1ª exposição individual após chegar da França. Galeria Múltipla, de

Maria Ignez Barbosa.

 

 

1974, Rio de Janeiro – 2ª exposição individual, na Galeria Intercontinental. Na foto, Lêda conversa com Marc Berkovitz, crítico de arte.

Carlos Magalhães, marido de Ana Maria Niemeyer (ao centro), e Ítalo Camporiorito.

 

 

1974, São Paulo – 3ª exposição individual, na Galeria Bonfiglioli. Lêda foi muito prestigiada com a presença de amigos ilustres. Na foto, em conversa animada com Neide Bonfiglioli e com o gravador Arthur Luiz Piza.

 

 

 

 

 

Da esquerda para a direita, conversa entre artistas plásticos: Leopoldo Raimo, Lêda Watson e Ítalo Cencini.

Lêda alternava-se entre o ateliê do mestre Friedlaender e o ateliê da École Nationale de Beaux Arts, que primava pela descontração e por artistas provenientes das mais variadas culturas. “A cada dia, surgia um truque novo para encurtar caminhos de uma técnica

mais complexa”.

Anos 1980

1985, Brasília – Exposição coletiva no ateliê de Lêda, na W3, 715 Sul, onde realizou a I Gravuras no Varal.

 

Da esquerda para a direita: Athos Bulcão, Lulo Galina, a então secretária de Educação e Cultura Vera Pinheiro e os artistas Rubem Valentim e Betty Bettiol.

1981, Paraguai – “Lívio Abramo telefonou-me e disse: ‘Conheço suas obras, gosto delas e as admiro. Gostaria de convidá-la para uma exposição individual em Assunção, no Paraguai’. Esse foi o início de uma

grande amizade”.

1988, Canadá – Mostra retrospectiva na Biblioteca Robarts, de Ottawa, e mostra individual em Toronto. Nancy Bayle, crítica de arte do jornal Ottawa Citizen (à esquerda na foto,) visitou, cuidadosa e pacientemente, a mostra e publicou uma crítica altamente favorável aos trabalhos de Lêda, que, na ocasião, recebe o convite, do governo canadense, para expor suas gravuras em todas as universidades canadenses durante dois anos.

Anos 1990

1989 a 1991, Canadá – Lêda participa da Exposição Itinerante a convite oficial do Escritório de Exposições Internacionais do Ministério das Comunicações do Canadá.

1995, Manágua (Nicarágua) – Lêda ministra curso de gravura do Centro de Estudos Brasileiros.

Junho de 1997, Brasília – Exposição Sonhos I na Referência Galeria de Arte.

1998, Niterói, Rio de Janeiro, Sala Quirino Campofiorito – Exposição Sonhos II no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno.

Anos 2000

Março/abril de 2008, Brasília – Exposição Sabedoria gravada: tributo a Lêda Watson. Galeria Rubens Valentin, 508 sul. Curadoria de Bené Fonteles.

7 de outubro de 2009, Brasília – Exposição Olhares cruzados sobre a natureza (coletiva). Fundação Cultural do DF, 508 sul.

Abril de 2010, Brasília – Ateliê Lêda Watson: Novas expressões em torno da gravura em metal. Daniel Briand (coletiva).

6 de abril de 2011, Brasília – Exposição coletiva Semi-Círculo no Museu Nacional.

2011, Campinas (SP) – Lêda participa da 5ª Bienal Nacional de Gravura:

Olho latino (coletiva).

2011, Brasília – Exposição coletiva Eu o meio ambiente. Senado Federal. Curador:

Fábio de Almeida Prado.

Outubro de 2011, Lyon, França – Exposição Gravures contenporaines d’artistes

français et bresiliens.

Novembro de 2011, Paris – Exposição

15 ème Bienale Internationale de Paris.

Pays Invité: Brésil.

Lêda-Watson-e-os-Gravadores-Alucinados.j
Gravura no varal 2014

2015 – Lêda participa do livro Viagem incompleta: arte brasileira sobre papel. Concepção de Luiz Dolino.

Abril de 2015, Brasília – Lêda participa do Ciclo de arte. Retrospectiva. Brasília Shopping. Curadoria: Ralph Gehre. 

2015, Brasília – Exposição  Caminhos da impressão: uma jornada pelo universo de

Lêda Watson. Galeria Referência.

10 de setembro de 2015, Brasília

Exposição O papel do museu:

seis décadas de arte sobre papel.

Museu da República.

Curadoria: Bené Fonteles (coletiva).

Novembro, 2015 - Brasília, 12 Ateliês. Projeto de resgate da memória artística da cidade. Lêda criou o projeto, coordenou sua execução, fez a curadoria da exposição, juntamente com Newton Scheufler, e expôs seus trabalhos na mostra. Caixa Cultural Brasília, Galeria Principal - de 25 de novembro de 2015 a

17 de janeiro de 2016.

Painel com reprodução da gravura Sonhos e Fantasias

17 de agosto de 2019, Brasília, Centro Cultural Paulo Otávio - Lêda Watson, 50 Anos de Gravura

2003, Brasília – Lêda participa das edições do Ateliê Aberto, de iniciativa de Omar Franco, que consistiu na abertura de seu ateliê a mais de 10 gravadores da cidade, para recebimento do público.

2004, Brasília – Lêda recupera mais de 280 gravuras para compor exposição na Nicarágua.

2004, Rio de Janeiro – Lêda recupera duas chapas de cobre, de 94cm x 64cm cada uma, com espessura de 3mm, trabalhadas em buril, a convite da diretora do Museu de Imprensa Nacional. As placas contêm as plantas do Rio de Janeiro, feitas por ordem do Príncipe Regente D. João VI ao chegar ao Brasil, em 1808, executadas pela Imprensa Régia. Cópias das placas nunca haviam sido feitas.

2007, Brasília - Construção e Desconstrução. Centro Cultural da CEF.

7 de março de 2012, Brasília – Participação na nova Referência Galeria de Arte (coletiva).

Março de 2012, Brasília – Exposição Diálogos da resistência. Museu da República, HAB. Curador: Bené Fonteles (coletiva).

24 de agosto de 2012, Brasília – Lêda participa do III Concurso de Desenho Brasileirinhos do Mundo como membro do júri. Itamaraty.

2013, Brasília – Lêda continua a ministrar aulas de gravura em seu ateliê no Lago Sul e a participar de exposições. Na foto, a gravadora Joana Passos no ateliê de Lêda. 

Maio de 2013, Brasília – Bate-papo com colecionadores com formato de feira-participação. Galeria Referência.

Junho de 2013, Brasília – Lêda participa do XXXV Salão Riachuelo como membro do júri. Teatro Nacional Claudio Santoro, foyer da

Sala Villa Lobos.

Outubro de 2013, Brasília – Exposição Seu Museu: expoexperimento. Museu da República (coletiva).

Novembro de 2013, Ville de Sarcelles – Lêda participa da Bienal Internacionale de

la Gravure.

5 de junho de 2014, Brasília – Lêda Watson e os Gravadores Alucinados. Café Savana.

6 de dezembro de 2014, Brasília – Lêda coordena o Gravuras no Varal: gravadores. Residência e ateliê Lêda Watson.

Brasília, 12 Ateliês

22 de abril de 2016, Brasília – Inauguração do painel com reprodução da gravura Sonhos e fantasias. QL 8, Lago Sul, residência de

Lêda Watson.

14 de outubro de 2016 a 27 de abril de 2017, Brasília – Exposição Retrospectiva. Câmara dos Deputados, Gabinete da Presidência.

Novembro de 2016, Brasília – Lêda participa da I FAC RARO: Feira de Arte Contemporânea. Casa Park (coletiva).

8 de março de 2018, Brasília – Lêda participa da exposição coletiva Artistas no Acervo da Caixa: 32 mulheres artistas.

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